quinta-feira, 6 de abril de 2017

EUA lançam ataque com mais de 50 mísseis contra base área do governo sírio




Donald Trump fala em Mar-a-Lago após o ataque contra o governo sírio
                     Donald Trump fala em Mar-a-Lago após o ataque contra o governo sírio


Os Estados Unidos atacaram nesta quinta-feira (6, hora de Brasília) uma base aérea do governo sírio. A ofensiva aérea, com mais de 50 mísseis lançados em cerca de um minuto, foi realizada em retaliação ao ataque com armas químicas realizado contra civis nesta semana pelo presidente Bashar al-Assad. Este foi o primeiro ataque do governo dos EUA diretamente contra o governo de Assad, e é a mais dramática ordem militar de Donald Trump desde que se tornou presidente, em janeiro.
Ainda não há informações sobre a possibilidade de mais alvos terem sido atacados no leste da Síria. Segundo a imprensa, o alvo seria a base de Shayrat, e teria atingido aviões, postos de combustível e partes da pista de pouso e decolagem.
Após o ataque, Donald Trump afirmou que o ataque contra a Síria foi um "ataque vital de segurança nacional" dos EUA e pediu que as "nações civilizadas" se unam aos EUA para "buscar acabar com o massacre e derramamento de sangue na Síria".
O ataque de surpresa marcou uma inversão na estratégia americana adotada para o conflito no país, em guerra civil desde 2011. Os mísseis Tomahawk foram disparados de navios de guerra americanos posicionados no Mar Mediterrâneo, e o alvo seria a base aérea de onde teria partido o avião usado para o ataque com gás Sarin, que matou ao menos 86 pessoas. A ofensiva não foi anunciada com antecedência, apesar de Trump e outros oficiais militares terem elevado o tom contra Assad nesta quinta.
Minutos antes do ataque, a Rússia advertiu os Estados Unidos uma ação militar contra a Síria teria "consequências negativas". "Se houver uma ação militar, toda a responsabilidade recairá sobre os que tiverem iniciado uma empreitada tão trágica e duvidosa", declarou o embaixador russo na ONU, Vladimir Safronkov, na saída da reunião do Conselho de Segurança da ONU.
"O que Assad fez é terrível", disse o presidente dos EUA, Donald Trump, mais cedo. "O que aconteceu na Síria é uma vergonha para a humanidade e está no poder, então penso que qualquer coisa pode acontecer".
O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, prometeu "uma resposta apropriada às violações de todas as resoluções prévias da ONU e das normas internacionais". "O papel de Assad no futuro é incerto com os atos que cometeu. Parece que não deve desempenhar qualquer papel para governar o povo sírio", declarou Tillerson ao receber na Flórida o presidente chinês, Xi Jinping.
Os Tomahawk, mísseis de médio alcance, voam junto ao solo, acompanhando o relevo, e são quase invisíveis ao radar, tendo um nível de precisão muito elevado.
Fonte: Uol

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